As investigações passaram a ser feitas em conjunto com o DRFV depois que a Polícia Civil notou que duas unidades estavam trabalhando no mesmo caso. “Heraldo tinha bom relacionamento social e costumava levantar os alvos, alguns até por encomenda. Na sequência, agenciava os membros do grupo criminoso, a maioria residentes no Conjunto Almirante Tamandaré, no bairro Santos Dumont, para executar os crimes”, contou o delegado-geral, Everton Santos.

Além de Pedro de Andrade Paixão Júnior, participante do assalto que iniciou a investigação e responsável por parte da logística do grupo, tais como: fornecimento de veículos e armas para execução dos crimes; Joubert dos Santos Barros e Gustavo Rafael Fontes, um dos principais executores dos roubos de veículos, também foram presos no dia 27 de maio deste ano, Heraldo Reis de Alcântara Filho, Jadilson da Silva Rocha, foragido do Sistema Penitenciário; Magno de Jesus Durval, conhecido como “Galego”, membro da quadrilha que já tinha mandado de prisão por crimes contra o patrimônio no Sul do Estado; e Fagner Bastos Gonçalves, receptador de bens da quadrilha, foi ouvido a vai responder o crime em liberdade.

O último a ser preso foi Lucas Dantas de Oliveira Souza, detido na cidade de Tobias Barreto. De acordo com a polícia, ele é muito ligado a Magno e Heraldo. Lucas tem acusações pelos crimes de associação criminosa, e é suspeito de praticar um assalto contra um comerciante de relógios de marca na estacionamento de um supermercado de Aracaju no início de maio deste ano.

“Heraldo chegou a ser preso na posse de um veículo Ford New Fiesta, roubado nas imediações de um colégio particular no Bairro Jardins, e Magno na posse de um Ford KA, roubado no Conjunto Orlando Dantas, ambos os veículos subtraídos no mês de maio desse ano”, destacou a delegada. Até o momento, foram recuperados seis veículos roubados.

“Os repetidos crimes da quadrilha foram comprovados na investigação com provas objetivas e subjetivas. Seus membros praticavam delitos com frequência e mesmo havendo rodízio de crimes entre eles, não restam dúvidas de tratar-se de uma associação criminosa”, apontou a delegada.

Ostentação

O que mais chamou a atenção da Polícia Civil foi verificar que parte dos membros da quadrilha tinha uma condição social boa, ostentando veículos luxuosos, roupas e relógios de grifes. Em virtude disso, a operação ganhou o nome de “Playboys”. “A condição social dos suspeitos ajudou na escolha das vítimas. Heraldo e Pedro se conheceram durante prestação de serviço ao Exército Brasileiro de onde foram expulsos”, disse Mayra.

Com a prisão do grupo, a polícia já desvendou 17 crimes, a exemplo de uma tentativa de homicídio praticado por Heraldo em Carmópolis, o roubo de uma Toyta Hillux, entre outros. A operação também contou com a participação da Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal), Grupamento Especial de Repressão e Buscas (Gerb), Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), 11ª DM e Delegacia de Turismo (Detur).

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Informações da SSP/SE